terça-feira, 21 de junho de 2011

Síndromes

Síndrome é um termo usado para um conjunto de características. As mais comuns:

1. Síndrome de Down 

A Síndrome de Down é a mais comum entre as deficiências intelectuais, presente cada vez mais nas escolas regulares.
A Síndrome de Down é normalmente o resultado de uma cópia extra do cromossomo 21, transformando em três cromossomos (onde deveria haver dois), também chamado de trissomia 21, eu provoca no organismo um excesso de 329 genes por célula. A Síndrome de Down é considerada um acidente genético.
Embora o cromossomo 21 seja o menor cromossomo humano, sua trissomia altera gravemente o fenótipo de uma pessoa. As pessoas com Síndrome de Down apresentam baixo peso e tamanho no nascimento, hpotonia (musculatura mais flácida que o normal), pescoço curto, prega na pálpebra superior no canto interno dos olhos o que os deixa parecidos com pessoas orientais, macroglossia (língua grande e flácida), feiões características e estatura baixa, além de problemas cardíacos, retardo mental e suscetibilidade a infecções respiratórias, leucemia e doenças de Alzheimer em alguns casos, na mesma porcentagem para pessoas sem a Síndrome de Down, só que 30 anos mais cedo.

Mitos sobre a Síndrome de Down

Mitos e tabus fortes em relação a esta Síndrome vêm de muito tempo atrás. Lendas diziam que na selva, essas crianças eram “filhos da cobra”, por terem olhos puxados e pescoço mais grosso. Muitas delas eram sacrificadas, colocadas por xamãs em cestinhas com ovos para a cobra comer. Não menos cruel é a atitude de tempos recentes, que denunciam o abandono de muitas crianças com a Síndrome de Down em sanatórios e orfanatos.

1. É verdade que as crianças com Síndrome de Down são mais boazinhas?
Não é verdade. Muitas crianças são “treinadas” para se encaixar num estereótipo, mas existem pessoas com Síndrome de Down com todas as características, vai depender muito dos estímulos e informações que receber.

2. É verdade que as pessoas com Síndrome de Down são mais sinceras?
É verdade, mesmo porque muitas destas pessoas são menos enquadradas nos padrões, conceitos e censuras que a sociedade exige.

3. A Síndrome de Down é uma doença?
Não. A Síndrome de Down é uma síndrome, um conjunto de características que no caso da Síndrome de Down é causada pela trissomia 21.
4. Quem nasce com Síndrome de Down morre muito jovem?
Antigamente sim, as pessoas com Síndrome de Down morriam mais jovens, com sobrevida de no máximo 16 anos. Atualmente, com o avanço da medicina, descobre-se a cardiopatia congênita, freqüente entre as pessoas com Síndrome de Down, e o tratamento muitas vezes é feito precocemente. Hoje em dia, 80% das pessoas com Síndrome de Down passam dos 35 anos.

5. As pessoas com Síndrome de Down são capazes de andar, correr e se vestir sozinhos?
Claro, quando bem estimulados possuem grandes habilidades. Mas, ainda hoje, encontramos alguns médicos desavisados que falam o contrário para os pais na maternidade.

6. Relacionamentos de amizade, amor e sexo são possíveis?
Claro, todos os tipos de sensações e sentimentos permeiam a vida de uma pessoa com Síndrome de Down.

7. Pessoas com Síndrome de Down são mais comuns entre brancos?
A incidência é igual para brancos, negros e asiáticos, sendo de um nascimento de um bebê com Síndrome de Down para cada 550 nascimentos. Além do que, não escolhe situação financeira, social ou religioso.

8. As mulheres e homens com Síndrome de Down podem ter filhos?
As mulheres com Síndrome de Down possuem o aparelho reprodutor feminino apto a ter filhos, já os homens são estéreis, segundo o que dizem as pesquisas na área.

2. Síndrome do X Frágil

É uma alteração no cromossomo X que causa Deficiência Intelectual e alterações no comportamento como hiperatividade e pouca atenção. Ocorre mais frequentemente entre os homens sendo a estatística de um caso para 600 nascimentos. A Síndrome do X Frágil tem como características: dificuldade na aquisição da linguagem, dificuldades de aprendizagem, formato do rosto alongado com leve projeção da mandíbula para frente, orelhas proeminentes e de tamanho maior que o normal e aumento do tamanho dos testículos (macroorquidismo).

3. Síndrome de Williams

É uma síndrome considerada mais rara que as duas primeiras, pela sua incidência ser de um caso para cada 25 mil nascimentos. Na grande maioria dos casos são encontrados alunos muito sociáveis, com boa percepção musical, ótimos contadores de histórias, apresentam dificuldades no raciocínio espacial, na solução de problemas e na coordenação motora fina, além de dificuldades na aprendizagem da leitura e da escrita.

4. Síndrome de Rett

Ocorre mais frequentemente em meninas e sua incidência é de um caso para 15 mil meninas nascidas. Na grande maioria dos casos, as meninas se desenvolvem normalmente até o primeiro ano e após esta data começam a apresentar estagnação no desenvolvimento, desaceleração do crescimento da calota craniana, dificuldade na aquisição de linguagem, diminuição das interações sócias, isolamentos, movimentos estereotipados que muito lembram os movimentos das pessoas com autismo, dificuldade na coordenação motora, presença de problemas na coluna. A Síndrome de Rett também pode ser encontrada em alunos com deficiência múltipla.

Inteligências Múltiplas

As sete categorias de inteligência de Gardner são: lingüística, musical, matemática lógica, espacial, corporal sinestésica, intrapessoal e interpessoal.

Síndrome Alcoólica

A expressão Síndrome Alcoólica Fetal (SAF) foi criada em 1973 para descrever um padrão de malformação física e deficiência intelectual observado em filhos de mães alcoólatras. As crianças com a Síndrome Alcoólica Fetal podem ter feição facial anormal, como espaço entre os olhos de largura excepcional. Elas também apresentam várias anomalias cerebrais, desde cérebros pequenos com giros anormais a aglomerados celulares anormais e celular corticais mal- alinhadas.
A identificação da Síndrome Alcoólica Fetal estimulou um grande interesse nos efeitos do consumo de álcool por gestantes. Os bebês de aproximadamente 6% das mães alcoólatras sofrem de Síndrome Alcoólica Fetal acentuada. A incidência da síndrome em diferentes regiões geográficas é bastante variável, dependendo em grande parte do padrão e do grau de consumo abusivo de álcool nesses locais. Em cidades grandes, a incidência de Síndrome Alcoólica Fetal é de um a cada 700 nascimentos.
Uma questão importante levantada pela Síndrome Alcoólica Fetal é a quantidade de álcool considerada excessiva durante a gestação. A resposta para essa pergunta é complexa, pois os efeitos do álcool sobre um feto dependem de muitos fatores. Para a total segurança, o melhor é não beber absolutamente nada nos meses antes e durante a gestação. Essa conclusão se apóia nos achados de que uma dose de álcool ao dia durante a gestação pode levar à diminuição da pontuação dos testes de inteligência de crianças.

Alunos com Deficiência Intelectual na escola
- Nível Afetivo:
- Que o aluno torne-se independente e capaz de tomar iniciativas próprias, na medida de suas possibilidades;
- Que o aluno respeite os sentimentos dos outros e expresse os seus;
- Que o aluno esteja atento e interessado em conhecer o meio que o cerca;
- Que o aluno seja capaz de encontrar diferentes soluções para um mesmo problema, usando sua criatividade;
- Que o aluno mantenha-se motivado a participar de todas a atividades propostas na escola;
- Nível Social:
- Que o aluno possa estabelecer interações sociais com os pares, baseadas na cooperação;
- Que o aluno aprenda regras sociais e aprenda a respeitá-las;
- Que o aluno construa regras e normas de conduta compatíveis com os estágio de desenvolvimento em que se encontra;
- Nível Perceptivo-motor:
- Que o aluno coordene movimentos diferentes, envolvendo coordenação motora grossa e fina;
- Nível Cognitivo:
- Que o aluno tenha a oportunidade de agir livremente sobre um meio físico rico em estímulos e coordene suas ações, no sentido de estabelecer relações entre si e o mundo;
- Que o aluno tome consciência das relações espaciais, causais e temporais, através das quais possa organizar seu mundo físico e social, agindo sobre eles, projetando suas ações, os objetos e acontecimentos vividos no plano simbólico;
- Que o aluno expresse essas representações através da linguagem oral, desenho, brincadeira de faz de conta, imitação, entre outras;
- Que o aluno coordene as representações de dados conhecidos, refletindo de modo a relacioná-las logicamente;
- Que o aluno adquira conhecimentos sociais que sejam úteis a sua adaptação à vida.

Bibliografia:
HONORA, M e FRIZANCO, M.L.E. Esclarecendo as deficiências. São Paulo: Principis, 2008.

Para saber +


Sinopse: Uma análise das deficiências e potencialidades da Síndrome de Down, problema genético que atinge cerca de 8 mil bebês a cada ano no Brasil. A Síndrome de Down é sem dúvida um problema, mas as soluções são bem mais simples do que se imagina, principalmente quando são deixados de lado os preconceitos e estigmas sociais.