sexta-feira, 29 de julho de 2011

Paralisia Cerebral

Paralisia cerebral é o termo utilizado para definir um conjunto de distúrbios motores decorrentes de uma lesão no cérebro durante os primeiros estágios de desenvolvimento. A lesão é estática, não muda e não se agrava, ou seja, o quadro não é progressivo, entretanto, no que se refere aos movimentos, a postura corporal e os problemas a eles relacionados podem melhorar ou piorar, dependendo da forma como cuidamos da criança e também da extensão da lesão no cérebro. Isto significa que, quanto mais precoce iniciarem os tratamentos, melhores condições de vida o aluno poderá ter.
- A paralisia cerebral ocorre devido a uma lesão no Sistema Nervoso Central e que tem como principal característica a alteração de tônus muscular, ou seja, alteração no estado de contração de um músculo em repouso. Apresenta diferentes níveis de comprometimento de acordo com a área da lesão;
- A causa mais comum da paralisia cerebral é a lesão no parto, especialmente decorrente de anoxia, a falta de oxigênio. A anoxia pode ser o resultado de um “defeito” na placenta (órgão) que possibilita a passagem de oxigênio e nutrientes da mãe para o filho), o que pode reduzir o suprimento de oxigênio para o bebê. dentre as outras causas estão infecções (encefalite, meningite), intoxicações (medicamentosa, anestésica, de radiações) que podem causar dano cerebral;
- A maioria das crianças com paralisia cerebral parece normal nos primeiros meses de vida, mas, a medida que o sistema nervoso se desenvolve, os distúrbios motores vão se tornando cada vez mais perceptíveis. Op sintoma mais comum, que aflige cerca de metade das vítimas, é a espasticidade, ou contração dos músculos acima da fisiológica. Não é surpresa que a espasticidade muitas vezes interfere com outras funções motoras. Por exemplo, as pessoas co paralisia cerebral podem ter um andar diferente, às vezes arrastando um pé;
- Além destas pessoas com paralisia cerebral apresentarem dificuldades motoras, podemos ver em grande parte delas, um alto nível intelectual e cognitivo, mesmo quando não há a possibilidade de uma comunicação normal.

Adaptações na escola

Adaptações nos recursos físicos dos prédios escolares:
- Colocação de rampas;
- Colocação de corrimões próximos a bebedouros, assentos dos banheiros e à lousa;
- Colocação de portas mais alargadas que possibilitem a passagem de cadeiras de rodas;
- Banheiros adaptados;
- Maçanetas redondas substituídas por maçanetas com sistemas de lavancas;
- remoção de carteiras, de forma a possibilitar a passagem de cadeira de rodas, ou facilitar a locomoção de alunos com muletas;
- Modificação no mobiliário de forma a promover maior conforto a crianças que usam tipóia, órteses e próteses;
- Tapetes antiderrapantes, nas áreas escorregadias;
- Cantos arredondados no mobiliário;
- Seria muito importante que a escola seguisse as indicações do conceito de desenho Universal que é o que garante a “criação de ambientes e produtos que podem ser usados por todas as pessoas na sua máxima extensão possível” (Mace, 1991)
- A ideia é que o máximo de pessoas, independente de suas condições físicas, idade, sexo, capacidades, crenças, deficiência ou não, possam, ter acesso a todos os lugares, com o mesmo direito e conforto. Isso não é tarefa das mais fáceis.
- O conceito de desenho Universal é apoiado pela Organização das Nações Unidas, apoiando a indicação de igualdade de oportunidades.

Adaptações na sala de aula

Para ter garantia de qualidade na educação dos alunos com deficiência física precisamos ter alguns cuidados:
- Quanto melhor adaptado na cadeira o aluno tiver, melhor suas condições de aprendizagem e de responder às atividades apresentadas;
- Alguns alunos com deficiência física podem sentar nas mesmas cadeiras dos outros alunos, outros alunos com deficiência física devem ter suas próprias cadeiras que sejam feitas seguindo suas reais necessidades anatômicas, seria importante que a professora entrasse em contato com o médico ou fisioterapeuta do aluno para saber se o aluno pode ser transferido para uma cadeira normal ou deve permanecer na sua própria cadeira de rodas;
- O aluno com deficiência física deve ser o menos carregado no colo, pois futuros problemas podem acontecer na sua coluna e na do professor também;
- No caso do aluno ter que ser carregado, o adequado é sentar o aluno simetricamente, trazendo seu tronco para próximo dos quadris e levantá-lo segurando embaixo dos seus joelhos e na suas costas.
- A melhor coisa a fazer quando receber um aluno com deficiência física é conversar com a família ou com os terapeutas do aluo (fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, fonoaudióloga, etc.) e buscar informações sobre qual a melhor forma de adaptar o aluno na sala de aula;
- Algumas crianças com deficiência física não podem se alimentar com comidas sólidas por problemas como refluxo ou problemas sérios na deglutição de alimentos, a professora deverá perguntar aos pais sobre sua alimentação e sobre os remédios que o aluno toma assim que ele entrar na escola;
- O aluno deve manter sua posição da cabeça correta, pois permite que a criança consiga ter melhor percepção espacial, noção de profundidade e consciência corporal;
- Providenciar descanso para os pés caso a criança não fique na sua cadeira de rodas. Os pés do aluno devem sempre estar apoiados em uma base;
- É muito importante que o aluno com deficiência física esteja o maior tempo possível com boa postura;
- Forrar a carteira com papel, prendendo-o com fita adesiva, de forma a facilitar a escrita para as crianças que apresentem dificuldades de coordenação motora, espasticidade;
- Se achar necessário poderá colocar canaletas de PVC cortado ao meio, em toda a volta da carteira para evitar que os lápis caiam no chão;
- Providenciar suportes para livros;
- Aumentar o calibre do lápis, garfo, colher, enrolando-o com fita crepe, cadarço ou ainda de espuma para facilitar a preensão caso não haja condições de comprar materiais adaptados que existem à venda em lojas especializadas.

Bibliografia:
HONORA, M e FRIZANCO, M.L.E. Esclarecendo as deficiências. São Paulo: Principis, 2008.

sábado, 2 de julho de 2011

Criança - A Alma do Negócio

O documentário “Criança – A alma do negócio” ilustra muito bem a questão das mídias que bombardeiam as crianças com conceitos de individualismo, consumismo, erotismo e etc. 
Vários profissionais de diversas áreas: Educação, Psicologia, Direito, Saúde, Publicidade; destrincham as propagandas voltadas para o público infantil. Aliás, passamos a perceber que quase todas as propagandas são direcionadas para esse público, que percebe a culpa que os pais sentem por não terem tempo de dar atenção aos filhos e acabam por tentar “comprar” o carinho deles por meio de presentes...
Como se isso fosse possível. No documentário as próprias crianças avaliam o que faz elas quererem determinada coisa, em um depoimento uma professora diz que uma aluna não queria brincar, pois iria bagunçar o cabelo e outra que foi para escola com roupas de adulto dizendo que quando foi à loja procurava algo que valorizasse seu corpo. Quem se interessar... clique aqui para baixar
Acesse Publicidade Infantil NÃO e assine o manifesto pelo fim da publicidade e da comunicação mercadológica dirigida ao público infantil.