segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Filosofia da Educação - 1° bimestre




O QUE É O HOMEM?

Na teoria do Criacionismo, o homem foi criado por Deus. No séc. XIX surge a teoria da Evolução, o homem como resultado de um processo de seleção natural.
O biólogo Charles Darwin a bordo do navio Beagle, por vários anos pesquisou diversas espécies, e descobriu que os seres vivos evoluem de acordo com o ambiente, passando por um processo de seleção natural, onde o ser vivo deve se adequar ao novo ambiente, com suas transformações e mudanças climáticas ou ele desaparece.
O homem é o resultado desse processo, evoluindo dos Símios, primatas do norte da África. Os Símios comiam e se protegiam nas árvores, depois de uma mudança climática, as árvores desapareceram e com isso, foram obrigados a viver nas savanas. Então de semi-quadrúpedes que atacavam, se alimentavam e se defendiam com a boca evoluem para bípedes ficando ereto (homo-erectus) , dessa maneira, passam a usar os membros superiores para se alimentar e etc.
Como essa espécie deixa de usar a cabeça para tais atividades, a caixa craniana cresce, consequentemente o cérebro também e o homem passa a desenvolver habilidades (homo-habilis) para construir armas e utensílios. Nesse processo de evolução constante o homem chegou ao que é hoje, o ser racional.


O SER HUMANO


O homem é um ser racional (homo-sapiens), o único que tem capacidade de trabalho e liberdade de criar ( transformar e moldar as coisas como quer) e também o único que produz cultura (tudo que é resultado da produção humana), só ele tem a capacidade de transformar a natureza em produto.
O ser humano tem duas dimensões:
Dimensão Natural - Estar submetido as leis naturais como por exemplo: envelhecer e morrer.
Dimensão Cultural – A capacidade de produzir cultura.
E só o homem tem consciência de sua finitude, ou seja, só ele sabe que vai morrer um dia, o que levou a humanidade a criar sistemas religiosos e filosóficos para entender questões existenciais como : Quem sou eu? De onde vim? Para onde vou?


O QUE É FILOSOFIA?


A filosofia surge na Grécia (berço da filosofia), por volta do séc, VI a.C.
Etimologia Philo, Philia significa amor, amizade e Sophos significa sabedoria, conhecimento. Então filosofia é o amor ou amizade à sabedoria/conhecimento. O filósofo é aquele que ama o ato de conhecer.
A filosofia tem três características:
Intelectiva – ideias que usam o intelecto e a razão;
Radical – busca a raiz do problema e
Universal – pode-se filosofar sobre tudo.
Assim , filosofia é portanto, um exercício da razão.


FORMAÇÃO DA GRÉCIA


A Grécia esta localizada no sul dos Balcãs, região entre o Oriente Europeu e o Ocidente Europeu. A Grécia recebeu seus primeiros habitantes entre os séculos XXX – XX a.C.
Primeiro chegaram os cretenses, que se localizaram na ilha de Creta. Eram indo-europeus, civilizados, festivos e eram um povo muito sólido, construíam palácios e já tinham conhecimento do ouro.
O segundo povo a chegar foram os Aqueus, indo-europeus, brancos, com formação guerreira. Eles eram atrasados culturalmente em relação aos cretenses, se estabeleceram numa região chamada Micenas.
Os Aqueus desenvolvem uma relação de amizade com os Cretenses, para aprender a cultura, familiarizar-se com o modo de vida e depois, quando se sentem fortes o suficiente eles invadem Creta e dominam o povo, então surge a civilização creto-micênica com a mistura desses dois povos.
O terceiro povo a chegar foram os Jônios, indo-europeus do norte da Europa que tinham uma cultura mais refinada que os Aqueus e se estabeleceram na península Ática, um local isolado por uma região de vales.
O quarto povo a chegar foram os Dórios, indo-europeus, violentos, militarizados, guerreiros e que ao chegar provocam muita confusão, invadindo várias regiões, fazendo o povo fugir deles.
Esses povos e muitos outros que foram chegando acabam por se misturar e disso surge os gregos, também chamados de Helênicos.
Os gregos são conhecidos por sua inteligência, criatividade e por serem extremamente emocionais, isso se deve justamente por essa mistura de povos. Exemplos disso são os deuses Apolo ( deus da luz e da inteligência) e Dioniso ( deus do vinho, da embriaguez e dos prazeres carnais).

PERÍODO HOMÉRICO



O período Homérico inicia-se no séc. XII e vai até o séc. VIII a.C. E tem esse nome, por causa de um poeta grego chamado Homero.
Homero era um poeta cego e não se sabe realmente se ele existiu, justamente por que os dois poemas atribuídos a ele A Ilíada e A Odisséia, tem um intervalo de oitenta anos. Dessa forma, ele não pode ter escrito os dois poemas, os historiadores acreditam que vários poetas os escreveram e que Homero teria organizado.
A Ilíada narra a guerra de Tróia e A Odisséia relata a história de Ulisses, um grande guerreiro da guerra troiana.
Na guerra de Troía, troianos lutam contra gregos. Houve uma festa na região de Esparta e havia uma mulher chamada Helena que era esposa de Menelau, Páris se apaixona por ela e resolve raptá-la, levando-a para Tróia. Menelau se reúne com outros e tenta resgatá-la, mas existem muralhas que dificultam a entrada, Tróia era conhecida por seus altos muros dificultando sua derrota. Essa guerra se estendeu por vários anos.
Ulisses foi o grande guerreiro que conseguiu a vitória sobre os troianos, com a ideia de construir um imenso cavalo de madeira, o cavalo de Tróia que levava em seu interior os guerreiros, fingindo ser um tributo aos troianos, os gregos entregam o cavalo, durante a noite os guerreiros saem de seu interior e acabam vencendo a guerra. Na Odisséia, Ulisses briga com Poseidon que faz ele navegar por anos perdido no mar, sem saber voltar para casa. Penélope, esposa de Ulisses o espera por longos anos e o povo começa pressioná-la para escolher um pretendente, ela começa a fazer um bordado e promete escolher um pretendente quando terminar, mas durante a noite ela desmancha e durante o dia ela borda. Quando descobrem o que ela estava fazendo, exigem que ela escolha logo e nesse momento Ulisses chega.
Esses dois poemas servem de referência para a formação do homem grego.


PERÍODO ARCAICO


O período Arcaico inicia-se no séc. VIII e vai até o séc. VI a.C. Nesse período as populações tribais crescem e formam cidades-estados as chamadas Pólis. No período Homérico não haviam Pólis e sim grandes tribos, o aparecimento dessas cidades aconteceu por causa do grande número de habitantes. Cada cidade tem suas características: leis, formas de organização e governo. O que todas pólis tinham em comum era: todas falavam o grego-arcaico e todas acreditavam nos mesmos deuses, mitos e lendas. O conjunto de cidades formam a Heláde grega , a Grécia. As cidades mais conhecidas são Atenas, Esparta, Corinto e Tebas.
Atenas provavelmente foi fundada pelos Jônios e se localiza na península Ática, começou como cidade comercial e mas tarde, no séc. V a cidade tem um grande crescimento e passa a ser um grande pólo cultural e comercial.
Esparta foi fundada pelos Aqueus e se localiza na região da Lacônia, começa como cidade comercial, mas depois que o legislador Licurgo dá à Esparta uma legislação severa, torna-se uma cidade militar. Em Esparta a educação era rígida, com sete anos as crianças eram dadas ao estado e educadas para serem guerreiras até os trinta anos. Depois dos trinta anos saíam dos acampamentos e voltavam a viver em família, se casavam e tinham filhos que passariam pelo mesmo processo.
As mulheres eram educadas para serem mães, mas também eram treinadas para serem, fortes e parirem crianças saudáveis. As crianças defeituosas eram sacrificadas.


PERSAS X GREGOS


Num certo momento do período Arcaico, os gregos entram em guerra contra os persas. Os persas se organizam com o rei Dário I para invadir a Grécia, esse rei foi o primeiro a tentar dominar a Grécia, depois seu filho Xerxes também tentaria.
Os persas possuíam um exército grande e poderoso, por isso as diversas pólis se reúnem para formar a liga de Delos e estabelecem que todas as pólis devem financiar a guerra contribuindo com ouro, prata e tudo que puderem. Tudo que era arrecadado, ficava depositado na Ilha de Delos, como ficou conhecida a liga. Péricles, governante de Atenas ficou responsável pela organização da liga.
Tanto o rei Dário I como Xerxes foram derrotados. Depois que a guerra termina Péricles obriga as cidades pequenas próximas a Atenas a continuar pagando tributos e desvia parte das riquezas para reformar Atenas. Ele pavimentou ruas, reformou templos, construiu teatros e praças, as chamadas Ágoras e etc.
Dessa maneira Atenas se torna a maior cidade grega, com o crescimento as pessoas começam a morar e visitar a cidade. Escultores, pintores, atores e pensadores chegam e transformam a cidade num pólo cultural.
Após a guerra contra os persas, Esparta se torna uma cidade militarizada. Enquanto surge a democracia ( demo, povo e cracia, cratos, poder ou seja, poder do povo), forma de governo, onde todo cidadão ateniense podia participar das discussões, dar suas opiniões, fazer reclamações na Ágora. Entendia-se como cidadão ateniense todo homem, maior de dezoito anos,livre e nascido em Atenas.
Atenas inaugurou a democracia direta, participativa e as discussões dos assuntos das cidades eram muito bem organizadas. Os governantes ficavam no poder por apenas seis meses, para não se corromperem pelo poder, por isso acontecia um rodízio muito grande na época.
Como vimos é nesse período que surge as pólis, surge também a filosofia e com isso os discursos míticos enfraquecem, as pessoas começam a desacreditar dos mitos pelos seguintes fatores:

  • O aparecimento do alfabeto;
  • O aparecimento da moeda;
  • O aparecimento do calendário;
  • As navegações e
  • O surgimento da pólis
O alfabeto grego é um conjunto de símbolos e figuras, as palavras são signos, abstrações que representam o que de fato está escrito, por exemplo, quando escrevemos sorvete é um signo, um conjunto de símbolos que representa um sorvete. O alfabeto surge para aprimorar o raciocínio lógico dos gregos e o mesmo ocorre com a moeda, que apesar de não ter sido inventada por eles, fez parte da sociedade, as moedas representam valores que intermedeiam as trocas e se faz necessário cálculos. O calendário é a tentativa de organizar o tempo , que também é algo abstrato. Existem dois tipos de tempo:
  • Kronos - que é cronológico
  • Kairos - que é a maneira como sentimos e/ou percebemos passar o tempo. É o tempo psicológico, que se diferencia para cada pessoa.
Os gregos fizeram várias observações para criar o calendário e isso requer raciocínio. As navegações ajudaram a enfraquecer os mitos, pois os gregos sempre tiveram ligação com o mar, era através dele que eles criavam vínculos comerciais. Com o tempo eles aprimoram a navegação e exploração do mar, assim sendo, ao chegar em determinado local que era narrado em algum mito, não viam nada daquilo que ouviram e concluíam que as histórias não eram reais.
Além disso, com o surgimento das pólis, o estilo de vida urbano não deixa espaço para mitos e lendas.

O SURGIMENTO DA FILOSOFIA


Com o enfraquecimento do mito e o fortalecimento do raciocínio surge a filosofia.
O primeiro filósofo chama-se Tales de Mileto, nascido no séc. VI a.C., na cidade de Mileto. Tales é um filósofo pré-socrático, também pode ser chamado de filósofo da natureza, ele era conhecido como filósofo da escola jônica. Ele queria saber como é o funcionamento do universo e seu princípio, ele percebeu que todas as coisas são feitas de matéria ( tudo tem massa, volume e ocupa lugar no espaço) e então começa a questionar de onde vem a matéria e como surgiu, thauma ( perplexidade grega).
O filósofo Tales queria saber o arquê (arché, arquê significa primeiro princípio) do universo, ele viajou para o Egito e observou na época de cheia, as águas do rio Nilo que deixavam férteis a terra para o plantio. Então ele conciliou que a água é igual a vida, tem estados e é flexível, por isso pressupôs que todas as coisas derivam da água. Apesar de ter errado, torna-se um filósofo importante por que usou a racionalidade e não mitos para tentar explicar seus questionamentos.
A seguir alguns filósofos pré-socráticos, filósofos da natureza ou filósofos da Phisis (natureza) que queriam entender o funcionamento do universo: Anaximandro, Anaximines, Democreto que assim, como tales eram filósofos da escola jônica, Heráclito, Parmenicles, Pitágoras, Zerrão de Eleia e outros.


ATENAS – Aristocratas X Comerciantes


Atenas teve em pouco tempo um grande crescimento demográfico, fazendo o volume de comércio aumentar. Nessa época Atenas tinha dois grupos políticos que disputavam o poder:
  • Os aristocratas - Pertenciam a elite, donos de escravos, donos de terras, poderosos e já estavam no poder há muito tempo.
  • Os comerciantes – Esse grupo se beneficiou com o crescimento de Atenas, não tinham terras e nem escravos, mas constituíram riquezas.
O regime político era a democracia. Aristocratas e comerciantes eram cidadãos atenienses, mas cada um tinha sua visão política.
O que definia o vencedor nas ágoras era justamente a dominação sobre as palavras. O grupo que tinha os melhores argumentos e discursos seria o vencedor. Os aristocratas tinha ócio (tempo livre), pois tinham escravos para trabalhar por eles e dessa forma utilizavam o tempo para estudar e elaborar discursos. Os comerciantes tinham seus negócios, eram ocupados e portanto não tinham tempo livre para preparar discursos e nem para ir as ágoras, quando conseguiam ir as ágoras, muitas vezes acabavam perdendo, seus argumentos eram frágeis nos debates e os aristocratas levavam vantagem.


OS SOFISTAS


Os sofistas vinham da Jônia, norte da Grécia ou da Magna Grécia, a Grécia mãe, para Atenas. Eles conheciam diversos assuntos, eram viajados e por isso conheciam várias culturas, cidades, pólis e políticas diferentes. Vieram a Atenas para vender seus conhecimentos, para ensinar os interessados na arte do bem falar, ensinar a retórica.
Os sofistas perceberam que para falar em público precisamos de técnica, que o corpo também fala através de gestos e que se faz necessário durante um discurso. Então eles ensinam os alunos a ter postura, a usar a voz com entonações, alterações, interpretar orações, fazer analogias com situações diárias e ainda treinavam teatro, canto e davam temas polêmicos para os alunos defenderem durante um discurso, ora a favor do assunto em questão, ora contra, para que pudessem treinar argumentos. Apesar do grande conhecimento que os sofistas tinham, eles não mantinham comprometimento com a verdade, podiam atacar um determinado tema, mas também podiam defender, o que desejavam era ganhar os discursos.
Os comerciantes como dito anteriormente, não tinham tempo livre, por isso mandavam seus filhos para terem aula, aprenderem com os sofistas, para depois defender seus interesses nas ágoras. Os aristocratas não gostaram muito dos sofistas, mas depois que os filhos dos comerciantes ganham alguns discursos, eles se convencem , que as técnicas dos sofistas são eficazes, eles começam a ter aulas também.
Os sofistas vestiam-se de azul, a cor da sabedoria. Os que ficaram mais conhecidos em Atenas foram Protágoras e Górgias.

SÓCRATES


Sócrates (470/69 – 399 a.C.) é um dos maiores filósofos do período Clássico. A d
ata de seu nascimento não se sabe com certeza, mas a data da morte se sabe certamente, por que estava tendo uma homenagem a Teseu, personagem mitológico e fundador de Atenas pela sua vitória contra o minotauro. Até o séc. XIX, os estudiosos perguntavam-se sobre a existência de Sócrates, mas depois do Séc. XX eles se convencem por causa dos registros feitos por Platão, Xenofonte que falavam sobre Sócrates e pela peça de teatro, As nuvens, de Aristófanes. A peça tem com personagem principal Sócrates, é anterior aos manuscritos de Platão e Xenofonte que tinham mais ou menos a mesma idade, sendo assim, os estudiosos acabam por se convencer da existência de Sócrates.
Não se sabe nada sobre a vida de Sócrates, antes do seus quarenta anos, especula-se que como o pai Sofronisco, ele era artesão. Sua mãe chamava-se Fenarek, era parteira e sua esposa era Xântipe, ele tinha filhos com ela. Sabe-se que ele nasceu e morreu em Atenas, as poucas vezes que saiu foi para defender a cidade contra os persas, ele foi um soldado também. Em um determinado momento ele abandona a profissão, para se dedicar a filosofia.
Sócrates dizia que tinha um daimon (demônio) dentro dele, que falava até com quem ele tinha que conversar. Sócrates era popular, inteligente, conversava com todos, muitos gostavam de dele e outros não. Ele tinha muitos discípulos jovens que chegaram até a se apaixonar por ele.
Quando Sócrates ia nas ágoras, ele percebia que as pessoas faziam discursos e eram aplaudidas e outras também faziam discursos, contradizendo o que as primeiras pessoas haviam dito, mas também eram aplaudidas. Ele começa a se perguntar: o que é a verdade? A verdade é absoluta ou relativa? Então ele dirige-se ao templo de Delfos, para consultar os oráculos. A mulher que servia como oráculo, recebe o deus Apolo, deus da inteligência, e Sócrates pergunta-lhe: onde está a verdade? O deus reponde-lhe: está na fronte do templo. Ele sai do templo e olha para fronte do mesmo, onde está escrito: “Conhece-te a ti mesmo”, Sócrates pensa então, que se o homem quer a verdade, deve procurá-la dentro de si, se conhecendo o homem conhecerá a verdade.
Os filósofos pré-socráticos, ou seja, anteriores a Sócrates, estavam preocupados em entender o funcionamento do universo e a natureza. De Sócrates em diante a filosofia se volta para dentro, preocupa-se com o próprio homem, inaugurando a filosofia antropológica, que mergulha para dentro do homem. Sócrates cria o método Socrático que consiste na ironia e na maiêutica:

  • Ironia – Sócrates fazia perguntas e o outro respondia com firmeza o que era, por exemplo, o amor e então ele ironizava, fazendo a pessoa se contradizer e acabar admitindo que nada sabia. É de Sócrates a frase “só sei que nada sei”.
  • Maiêutica – Aqui ele fazia as perguntas, a pessoa respondia e se conduzia através disso, o outro até a verdade. A verdade estava dentro da pessoa, precisando apenas de ajuda para parir as ideias. Sócrates considerava-se um parteiro como sua mãe, mas uma parteiro de ideias.
Os aristocratas não gostavam de Sócrates colocando os jovens para pensar e acusa-o de corromper a juventude.
Nessa época o acusado devia ir até a ágora e se defender, caso fosse condenado o acusado tinha o direito de negar a sua pena e sugerir uma outra. Ocorre o julgamento com quinhentos e um cidadãos, para votar a favor da morte de Sócrates ou contra, apesar de ter se defendido muito bem, ele acaba sendo condenado a morte com a diferença de mais ou menos quarenta votos. Quando o júri diz para ele sugerir outra pena, Sócrates propõe que a sociedade o sustente para o resto da vida e não tendo outra opção, o júri o condena a morte.
Sócrates fica preso até acabar as festividades, e Críton seu discípulo, suborna os guardas para que ele fuja, mas Sócrates diz: “nasci, cresci, constitui família aqui e as poucas vezes que sai de Atenas foi para defendê-la, acha que vou abandonar a minha história? “ e depois das festividades ele é morto por ingestão de veneno. Por que fugindo ou sugerindo outra pena, ele estaria admitindo ser culpado, estaria admitindo ter corrompido a juventude.



Diálogos de Platão - Críton, narra essa passagem para fazer o download clique aqui http://www.4shared.com/file/136675658/a474970/Dilogos_de_PLATO_-_Crton.html

3 comentários:

  1. E na perspectiva agnóstica “o homem é a medida de tudo”?

    Muito boa essa sua idéia da criação do Blog!

    Salut

    Provos Brasil
    www.provosbrasil.blogspot.com

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  2. Creio que sim! "conhecendo-se o homem conhecerá a verdade". Tudo depende da perspectiva que vemos as coisas.

    Obrigada! Fico feliz que tenha gostado... volte sempre!!! Bjos...

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  3. Achei muito interessante. As duvidas que eu tinha consegui perder aqui.
    Abraço, Thiago

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