segunda-feira, 5 de outubro de 2009

História da Educação - 1° Bimestre - 1° Semestre

1) Explique o conceito de educação difusa, integral e universal da sociedade tribal.


As crianças aprendem imitando os gestos dos adultos, aprendem com a vida e para a vida, todos participam da educação ajudando a criança a aperfeiçoar as suas habilidades. O saber é de todos da tribo, a educação é universal por que todos podem e tem direito e acesso de todo o saber e o fazer da tribo.


2) As sociedades tribais se organizavam de forma homogênea e não existiam formas de poder. Justifique.


As sociedades tribais não tinham classes sociais e nenhuma relação de dominação de um segmento sobre o outro. A terra pertencia à todos, o trabalho era coletivo, não tinha escrita, comércio, escola, estado e etc. É uma sociedade predominantemente mítica, acreditavam em vários deuses.


3) Na educação chinesa percebemos três períodos. Cite e explique-os.


Período Agrícola - O regime era matriarcal, a mãe era responsável pelo trabalho e a educação dos filhos, quanto a agricultura e as tarefas domésticas.
Período Feudal - O regime era patriarcal, a educação até os 7 anos era feita na casa paterna e depois um nobre passava a ensinar as artes da guerra e as maneiras de paz. As meninas depois da educação em casa, aprendiam as artes domésticas.
Período Imperial - Divide-se em dois setores: da massa do povo e a dos funcionários Mandarins.
Educação do povo - Era feita no lar ou por mestres em escolas particulares, aprendiam o alfabeto chinês, preceitos de Confúcio, aritmética e agronomia. O método de ensino era mecânico e a disciplina rigorosa com castigos corporais.
Educação dos Mandarins - Esses tinham educação superior, que era feita de exames complicados e organizados em vários graus de acordo com os cargos. Aprendiam ideias e preceitos morais, jurídicos e históricos dos livros de Confúcio.


4) Com relação a educação Hindu, qual era o papel da família e qual foi a influência do budismo?


A família educava até os 7 anos, depois a criança ficava com um mestre até os 12 anos para receber o cordão sagrado que constituía um segundo nascimento. O budismo deu origem a educação mais espiritual, íntima e passiva do que a do bramanismo, deu origem a uma classe sacerdotal que recebia educação teológica especial em comunidades e conventos.


5) Como era a educação nas classes populares e superiores da educação Egípcia.


Populares - As crianças recebiam a primeira educação na família, a educação era monógama.
Superiores - funcionários, sacerdotes e militares - A educação era polígama, as crianças eram tratadas com rigorosa disciplina. Os meninos iam à escola aos 6 ou 7 anos.
A escola era divida em duas classes:
Escolas Elementares - Destinadas ao povo, ensinavam a ler, escrever, contar, rudimentos de geometria e exercícios ginásticos.
Superiores ou Eruditas - Destinadas as classes superiores, eram templos que recolhiam os alunos até os 17 anos, aprendiam todas as técnicas e artes necessárias à vida do país, normas de administração, escrita, astronomia, matemática, agricultura, música, poesia, dança, artes plásticas, arquitetura, pintura e escultura.
Os sacerdotes eram os responsáveis pela educação que foi muito importante para os egípcios, como também a religião.


6) Na educação hebraica, qual o papel dos profetas e do livro de provérbios?


Os profetas são os mestres e inspiradores da educação e da cultura. O livro dos provérbios é um manual de educação moral.


7) Com relação a educação grega, explique:


a) Em que estava centrada?


Estava centrada na formação integral: corpo e espírito, embora de fato, a ênfase se deslocasse ora mais para o preparo militar ou esportivo, ora para o debate intelectual, conforme a época ou o lugar.

b) Qual o conceito de Paidéia?


É um conceito de educação, de criação de meninos e formação integral do ser humano.


8) Escreva o referencial de educação Espartana, explique suas fases.


Esparta valorizava muito as atividades guerreiras, desenvolvendo uma educação severa, orientada para a formação militar. Depois que Licurgo deu uma legislação à Esparta, de início os costumes não eram tão rudes e o preparo militar era entremeado com a formação esportiva e a musical. Com o tempo, quando Esparta derrotou Atenas, o rigor da educação acabou assemelhando-se a vida de caserna.
Os cuidados com o corpo começavam com uma política de eugenia, prática de melhoramento da espécie, que recomendava fortalecer as mulheres para gerarem filhos robustos e sadios, bem como abandonar as crianças deficientes ou frágeis demais.
As crianças ficavam com a família até os 7 anos, depois recebiam do estado uma educação pública e obrigatória. Viviam em comunidades, em grupos de acordo com a idades e supervisionados pelos que se distinguiam no desempenho das tarefas exigidas, como todos os gregos, espartanos estudavam música, canto e dança coletiva.
Até os 12 anos as atividades lúdicas predominavam, depois aumentava o rigor da aprendizagem e a educação física se transforma em verdadeiro treino militar. Os jovens aprendiam a suportar a fome, o frio, a dormir com desconforto e vestir-se de forma despojada. A educação moral valorizava a obediência, a aceitação dos castigos, o respeito aos mais velhos e privilegiava a vida comunitária.
As mulheres participavam das atividades físicas como exercícios de salto, lançamentos de disco, corrida, dança e nas festividades exibiam nos jogos públicos toda a força, a beleza e o vigor dos corpos bem treinados.


9) Em que se baseava a educação Ateniense e quais eram suas etapas?


Ao lado dos cuidados com a educação física, destacava-se a formação intelectual, para que melhor se pudesse participar dos destinos da cidade.
A educação iniciava ao 7 anos, meninas permaneciam no gineceu, local onde aprendiam e se dedicavam aos afazeres domésticos. Meninos desligavam-se da mãe para iniciar a alfabetização e a educação física e musical. Era sempre acompanhado por um escravo, conhecido como paidagogo.
O ensino elementar de leitura e escrita durante muito tempo, mereceu menor atenção e cuidado do que as práticas esportivas e musicais. O mestre de letras era geralmente uma pessoa humilde, mal paga e não tinha o prestígio do instrutor físico.
Com o tempo, a medida que aumentou a exigência de melhor formação intelectual, delinearam-se três níveis de educação: elementar, secundária e superior.
O gramático reunia em qualquer canto, sala ou praça pública um grupo de alunos para lhes ensinar a leitura e a escrita. Os métodos usados dificultavam a aprendizagem, em que se acentuava o recurso de silabação, repetição, memorização e declamação. Geralmente as crianças aprendiam de cor os poemas de Homero e de Hesíodo. Escreviam em tabuinhas enceradas e os cálculos eram feitos com o auxílio dos dedos e do ábaco.
A educação elementar completava-se por volta dos 13 anos, então as crianças mais pobres procuravam um ofício e as de família rica partiam para a educação secundária, com o tempo as atividades musicais se direcionam para discussões literárias, abrindo espaço para assuntos gerais como matemática, geometria e astronomia, sobretudo sob a influência dos filósofos.
Dos 16 aos 18 anos a educação assumiu uma dimensão cívica de preparação militar.
A educação superior era apenas para alguns, a minoria, com a chegada dos sofistas teve início uma espécie de educação superior onde era ensinada a arte da retórica, filósofos também se dedicaram a profissionalização dos mestres.


10) No período Helenístico a paidéia foi substituída pela enciclopédia. Explique.


A enciclopédia é a educação geral e consiste na gama de conhecimentos exigidos para a formação da pessoa culta, é o saber erudito, distanciado do cotidiano.
Ao lado do ensino elementar orientado pelo gramático, notou-se o desenvolvimento do nível secundário, sendo ainda ampliada a função de retor, ou mestre de retórica, tão defendida por Isócrates.
O conteúdo abrangente do programa tornou-se cada vez mais caracterizado pelas chamadas sete artes liberais: as três disciplinas humanísticas ( gramática, retórica e dialética) e as quatro científicas (aritmética, música, geometria e astronomia).


11) Em Roma no período da Realeza, a substituição da posse comum da terra provocou a divisão de classes, escreva sobre.


Com a divisão de classes de um lado tinha a aristocracia de nascimento, representada pelos patrícios e de outro a maioria da população constituída de plebeus, geralmente homens livres: camponeses, artesãos, comerciantes, mas sem direitos políticos.
Entre os plebeus, havia os clientes, assim chamados por dependerem de uma família patrícia que lhes oferecia proteção jurídica em troca de prestação de serviços. Embora nessa época o número de escravos fosse reduzido, o sistema começava a ser implantado.


12) O que vem a ser humanitas e em que se diferencia da paidéia?


Humanitas, sentido literal de humanidade e mais propriamente de educação, cultura do espírito, algo equivalente a paidéia grega. Distingue-se desta, no entanto por se tratar de uma cultura predominantemente humanística e sobretudo cosmopolita e universal, buscando aquilo que caracteriza o ser humano em todos os tempos e lugares. Não se restringia ao ideal de sábio, mas à formação do indivíduo como ser moral, político e literário.


13) Que tipo de educação recebiam os patrícios e como era dividida?


Recebiam uma educação que visava perpetuar os valores da nobreza de sangue e cultuar os ancestrais. Até os 7 anos as crianças permaneciam sob os cuidados da mãe ou de matrona, "mulher respeitável". Depois dessa idade as meninas aprendiam no lar os serviços domésticos, enquanto o pai se encarregava pessoalmente da educação do filho.
O menino acompanhava-o às festas e aos acontecimentos mais importantes, ouvia o relato das histórias dos heróis e dos antepassados, decorava a lei das doze Tábuas, desenvolvendo desse modo a sua consciência histórica e o patriotismo.
Por viver em uma sociedade agrícola, o menino aprendia a cuidar da terra, atividade que de início, colocava lado a lado o senhor e o escravo, aprendia também a ler, escrever e contar, bem como desenvolver habilidades no manejo das armas, na natação, na luta e na equitação.
Aos 15 anos ele acompanhava o pai ao foro, praça central, onde se fazia o comércio e eram tratados os assuntos públicos e privados e em torno da qual se erguiam os principais monumentos da cidade, inclusive o tribunal. Aí aprendia o civismo.
Aos 16 anos o jovem era encaminhado para a função militar ou política. A educação pouco se voltava para o preparo intelectual e mais para a forma moral, baseada na vivência cotidiana e na imitação de modelos representados não só pelo pai, mas também pelos antepassados.

14) Como eram as escolas elementares do ludi magister e dos gramáticos?


Nas escolas elementares aprendia-se demoradamente a ler, escrever e contar dos 7 aos 12 anos. Os mestres eram simples e mal pagos e para desempenhar seu ofício ajeitavam-se em qualquer espaço: uma tenda, a entrada de um templo ou de um edifício público. escreviam com estiletes em tabuinhas enceradas, aprendendo tudo de cor, muitas vezes ameaçados por castigo.
As escolas elementares dos gramáticos em que os jovens dos 12 aos 16 anos entravam em contato com os clássicos gregos, ampliando seus conhecimentos literários ao mesmo tempo que estudavam as chamadas disciplinas reais, como geografia, aritméica, geometria e astronomia. Iniciavam-se também na arte de bem escrever e bem falar.


15) Sobre a educação no Império Romano, cite e explique as mudanças ocorridas.


Não foi muito diferente da anterior, a não ser por sua complexidade e organização. Nota-se a crescente intervenção do estado nos assuntos educacionais, porque a administração do império requereria uma bem montada máquina burocrática, com funcionários que deveriam ter pelo menos instrução elementar. Embora o estado se interessasse pelo desenvolvimento da educação, de início pouco interferiu, colocando-se como mero inspetor, mais ou menos distante das atividades ainda restritas à iniciativa particular. Com o tempo passou a oferecer subvenção, depois de exercer o controle por meio da legislação e por fim tomou para si a inteira responsabilidade. Já no séc. I a.C., o estado estimulava a criação de escolas municipais em todo o Império. o próprio César concedera o direito de cidadania aos mestres de artes liberais.
No séc. I d.C. Vespasiano liberou de impostos professores de ensino médio e superior e instituiu o pagamento a alguns cursos de retórica, depois Trajano mandou alimentar os estudantes pobres, mais tarde outros imperadores legislaram sobre a exigência das escolas particulares pagarem com pontualidade os professores e também definiram o montante a lhes ser pago.


Encontre mais sobre o assunto no livro: ARANHA, Maria Lúcia de Arruda - História da Educação e da Pedagogia. São Paulo: Moderna, 2007
Para saber mais faça o download : Capítulo 2 Capítulo 4 Capítulo 5 Capítulo 6

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