terça-feira, 20 de outubro de 2009

Egito

INTRODUÇÃO No presente trabalho, podemos acompanhar o desenvolvimento do Egito desde sua origem até sua decadência com as diversas invasões que sofreu. Também veremos a sua forma de escrita hieroglífica, hierática e demótica com suas alterações, e quem tinha acesso a escrita.
A forma de organização política e as principais atribuições de cada camada social da época.
A ORIGEM DO EGITO Tribos nômades chegaram ao vale do rio Nilo e criaram cidades-estados. Segundo Heródoto, historiador grego do século V a.C., “O Egito é uma dádiva do Nilo”. Vivem da agricultura na região e posteriormente se reúnem em dois reinos: Alto Egito e Baixo Egito.
O rei do Baixo Egito, Menés, teria conquistado o alto Egito por volta de 3.200 a.C., formando um só reino e fazendo o povo sujeitar-se a sua soberania. Após essa unificação, começa o período dinástico que se divide em três fases: Antigo Império (2800 a 2100 a.C.), Médio Império (2100 a 1580 a.C.) e Novo Império ( 1580 a 30 a.C. ).
Antigo Império – Essa fase caracterizou-se pelo desenvolvimento das obras
de irrigação, reservatórios de água, drenagem, pirâmides, túmulos dos faraós, grandes construções arquitetônicas e etc. Exemplos: Quéops, a maior de todas as pirâmides e a esfinge do Gizé. É também nessa fase que os faraó atinge o auge do poder, sendo considerado como deus na terra, o deus vivo, adorado e reverenciado.
Surgem revoltas lideradas pelos nomarcas em aproximadamente 2.300 a.C., afetando a produção e iniciando um período de guerra civil.
Médio Império – Os faraós submetem a sociedade novamente, findando as revoltas e a capital é transferida para Tebas. O Egito alcança estabilidade econômica e política. Ocorre a expansão territorial com a conquista da Núbia, (região situada no vale do rio Nilo), que era rica em ouro. Contudo, o poder central é abalado mais uma vez com a invasão dos hicsos (povo de origem asiática), que dominam a região do Delta. Além disso, os nobres organizam levantes por almejarem maior autonomia, junto com rebeliões de escravos, camponeses e há um crescimento no poder dos nomarcas.
Novo Império – A nobreza de Tebas expulsa os hicsos e restitui a potência política do Egito, expandindo-a até o rio Eufrates. Destacam-se nessa época os faraós: Tutmés III, Amenófis IV e Ramsés II .O primeiro por ter a maior expansão territorial e grande atividade militar. O segundo pela revolução religiosa que causou, tentando acabar com a veneração a vários deuses. O terceiro por conquistas militares, aspectos administrativos, manifestações culturais e o culto a vários deuses, evidenciados nos templos.
DECADÊNCIA DO EGITO O Império Egípcio sofreu diversas invasões ao longo da história, num período que ficou conhecido como Baixo Império, primeiro pelos assírios, depois os persas, os gregos e por fim os romanos conquistam o Egito.
A ESCRITA EGÍPCIA: HIERÓGLIFOS A escrita foi fundamental para os egípcios, permitiu que obtivessem o controle de impostos, a divulgação de ideias, comunicação e somente os nobres, sacerdotes e escribas tinham acesso a ela. A escrita hieroglífica era formada por símbolos e desenhos difíceis de compreender, tornando-a complexa. Os hieróglifos sofrem através do tempo, evolução na escrita para o hierático (variante cursiva, usada para pintar papiros e placas de barro) e mais tarde sob influência grega para o demótico (forma simplificada e menos complexa, que inclui alguns sinais gregos).
Os hieróglifos formavam um conjunto de sinais, composto por ideogramas (símbolos que representam ideias em um morfema inteiro), fonogramas (representam os sons das consoantes e são divididos em unilaterais, bilaterais e trilaterais) e determinativos (ajudam a evidenciar o significado de certas palavras, mas não são lidos).

Foi atribuído a Jean François Champollion, francês e conhecedor de várias línguas a interpretação da escrita egípcia. Ele que compreendeu pela primeira vez, comparando com a escrita grega, as inscrições na Pedra de Roseta (texto
referente ao decreto do rei Ptolemeu V Epifânio).
Existiam milhares de hieróglifos, presumi-se que os escribas usassem durante a época clássica aproximadamente setecentos sinais. Não obstante, para se ler os textos mais importantes, não é preciso conhecer mais do que os duzentos frequentemente usados.
Depois da invasão de diversos povos ao longo do tempo, teve várias alterações na escrita, principalmente com a inclusão dos idiomas grego e latino. Além disso, com a negação ao politeísmo pelo cristianismo a escrita hieroglífica se perdeu por volta do século V d.C.
FORMA DE PODER A sociedade era hierárquica e as camadas sociais eram organizadas hereditariamente. Existiam os dominantes: faraó, nobres, sacerdotes, chefes militares e escribas e os dominados: escravos, camponeses e artesãos. Segue a classificação abaixo :
Faraó - Possuía o poder total sobre todos, a autoridade máxima e era reconhecido como um deus. Vivia luxuosamente junto aos nobres, usufruía dos impostos recolhidos entre o povo e ordenava grandes obras arquitetônicas.
Sacerdotes - Profundos conhecedores dos deuses, comandavam os templos, rituais, festividades religiosas e desfrutavam das ofertas dos fiéis.
Chefes Militares - Tinham destaque na sociedade, preparavam o exército para as batalhas de maneira eficiente e eram responsáveis pela segurança territorial.
Escribas – Sabiam ler, escrever e contar. Registravam acontecimentos importantes no papiro, nas paredes das pirâmides e placas de barro, organizavam leis e ainda mantinham o controle dos impostos cobrados .
Camponeses, artesãos , pastores, lavradores – trabalhavam em várias funções, eram convocados pelo faraó para construção de obras sem receber remuneração e viviam na pobreza.
Escravos – Eram presos de guerra, não possuíam direitos, trabalhavam muito, viviam na miséria, apenas ganhavam o alimento para sobreviver e eram castigados frequentemente.
CULTURA A Religião e a política eram unificadas, ou seja, uma não existia sem a outra. Homenagens e festas eram patrocinadas pelo estado e templos construídos com o intuito de agradar aos deuses para conseguirem boa colheita e sucesso nas batalhas. Os egípcios tinham crença na vida após a morte e na imortalidade da alma, por isso mumificavam os cadáveres para preservar o corpo.
Esta civilização destacou-se por desenvolver conhecimentos na medicina, com os procedimentos de mumificação que levaram ao estudo do corpo humano, na matemática e na arquitetura, por causa das construções muito bem elaboradas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS Concluímos que a vida dos egípcios dependia muito do rio Nilo, pois era através dele que conseguiam um bom cultivo na agricultura. Eles bebiam, pescavam no rio, e era a via de transporte deles. Para se expressar e registrar seus pensamentos, ideias, crenças, modo de vida os egípcios criaram a escrita, os hieróglifos que foram tendo várias adaptações com o tempo e invasão de outras culturas. Somente os nobres, sacerdotes e escribas tinham acesso a escrita, por motivos de organização das camadas sociais que eram hereditárias, fazendo o povo egípcio das camadas mais baixas se sujeitar ao trabalho em várias áreas de atuação, ás vezes sem receber nada, somente o necessário para subsistência, vivendo na miséria. Os nobres, sacerdotes e escribas tinham uma posição respeitada, o faraó vivia luxuosamente comandando a todos, e ordenava a construção de templos em homenagem aos deuses com o objetivo de agradá-los para ter prosperidade.


REFERÊNCIAS
Trabalho de História da Educação - 1° Bimestre - 1° Semestre

2 comentários:

Seu comentário é sempre bem vindo! Comente, opine, se expresse! Este espaço é seu! Prometo responder você assim que possível...
Espero que tenha gostado do blog e que volte sempre!

"Não há saber mais ou saber menos: há saberes diferentes". (Paulo Freire)