terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Saúde e Educação

“Saúde é o estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença” (OMS).
- Educar para saúde é o desenvolvimento da consciência sanitária, estratégia de conquista dos direitos de cidadania, promoção (mudanças de hábitos) e proteção (ações para uma vida saudável).
- determinantes da condição de saúde:
· Biológicos
· Meio físico
· Socioeconômico
· Cultural
- A promoção da saúde se faz por meio da educação, da adoção de estilos saudáveis, do desenvolvimento de aptidões e capacidades individuais, da produção de um ambiente saudável.
- A prevenção da saúde são ações eminentemente protetoras da saúde (medidas de vigilância epidemiológica, sanitária, vacinação, alimentos, ambiente, meio ambiente, visitas regulares aos profissionais da saúde.
- A educação para saúde cumprirá seus objetivos ao conscientizar os alunos para o direito à saúde, sensibilizá-los para a busca permanente da compreensão dos determinantes da saúde e capacitá-los para medidas práticas de promoção, prevenção e recuperação da saúde ao seu alcance.

Ensinar saúde ou educar para saúde

Ensinar saúde o foco é colocado numa formação sobre a saúde em conceitos que fundamentaram as propostas clássicas da disciplina de ciências baseada no biologismo (anatomia-fisiológia). Essa estratégia não se revelou suficiente para abordagem de conteúdos relativos ao procedimento e atitudes necessárias à promoção da saúde.
A educação para a saúde só será efetivamente contemplada se puder mobilizar as mudanças necessárias na busca de uma vida saudável, valores, atitudes, aquisição de hábitos constituem a dimensão mais importante.
- O que ensinar nos dois primeiros ciclos em saúde?
· Dimensão individual e social da saúde
· Autoconhecimento para o autocuidado
O ser humano dispõe de meios para criar as próprias condições de bem estar físico, mental e social. Isso requer o conhecimento das mudanças que ocorrem com o crescimento e o desenvolvimento de cada pessoa e uma consciência crítica em relação os fatores que interferem na saúde.
- Identidade – semelhanças e diferenças
- Fases do desenvolvimento (concepção até velhice)
- Funcionamento do corpo
- Higiene, hábitos alimentares, sensações ( dor, etc)
- Saneamento
- Respeitar os limites do corpo.

Vida Coletiva

- A melhoria das condições de saúde é produzida nos espaços coletivos, nas relações com outras pessoas. Saúde deve ser vista como valor e não apenas ausência de doença.
- Solidariedade, cooperação, conservação podem ser estendidas do meio público, a família.
- A escola pode oferecer oportunidade de aprendizado de diferentes formas de ação que favoreçam a saúde coletiva, a proteção e a recuperação da saúde.
· Meio ambiente (recursos)
· Agente de transformação
· Meios

Questões sobre os Parâmetros Curriculares Nacionais de Orientação Sexual



1) No bloco: Relação de gênero o que é discutido e quais conteúdos podem ser trabalhados?

- Discute o conjunto das representações sociais e culturais construídas a partir da diferença biológica dos sexos. Desenvolvimento das noções de “masculino” e “feminino” como construção social.
- Pode-se trabalhar a diversidade de comportamento de homens e mulheres em função da época e do local onde vivem; a relatividade das concepções tradicionalmente associadas ao masculino e ao feminino; o respeito pelo outro sexo, na figura das pessoas com as quais se convive; o respeito às muitas e variadas expressões do feminino e do masculino.

2) No bloco de conteúdos: Corpo matriz da sexualidade os PCNs orientam para a compreensão do corpo. O que seria esta compreensão? Que temas podem ser abordados?

- A compreensão entre os conceitos de organismo e corpo.
- Organismo: se refere à infra-estrutura básica biológica dos seres humanos.
- Corpo: diz respeito às possibilidades de apropriação subjetiva de toda experiência na interação com o meio.
A abordagem sobre corpo deve ir além das informações sobre sua anatomia e funcionamento.
- O corpo é concebido como um todo integrado, de sistemas interligados e inclui emoções, sentimentos, sensações de prazer/desprazer.
- Deve-se considerar os fatores culturais que intervêm na construção da percepção do corpo, esse todo inclui as dimensões biológica, psicológica e social.
- Busca-se construir noções, imagens conceitos e valores a respeito do corpo em que esteja incluída a sexualidade como algo inerente, saudável, necessária e desejável da vida humana.
Temas que podem ser trabalhados:
- As transformações do corpo do homem e da mulher nas diferentes fases da vida, dentro de uma perspectiva de corpo integrado, envolvendo emoções, sentimentos e sensações ligadas ao bem-estar e ao prazer do autocuidado; os mecanismos de concepção, gravidez e parto e a existência de métodos contraceptivos; as mudanças decorrentes da puberdade; amadurecimento das funções sexuais e reprodutivas; aparecimento de caracteres sexuais secundários; variação de idade em que inicia a puberdade; transformações decorrentes de crescimento físico acelerado; o respeito ao próprio corpo e ao corpo do outro; o respeito aos colegas que apresentam desenvolvimento físico e emocional diferentes; o fortalecimento da auto-estima; a tranqüilidade na relação com a sexualidade.

3) O que visa a orientação sexual no que se refere à prevenção de doenças sexualmente transmissíveis/AIDS? Que conteúdos abrange?


- A orientação sexual visa desvincular a sexualidade dos tabus e preconceitos, na discussão das doenças sexualmente transmissíveis/AIDS não se deve acentuar a ligação entre sexualidade e doença ou morte.
- Visa a promoção de condutas preventivas, enfatizando-se a distinção entre as formas de contato que propiciam risco de contágio daquelas que, na vida cotidiana, não envolvem risco algum.
- “AIDS mata” / “AIDS previne-se”
- Fornecer informações sobre AIDS, possibilitar a explicitação dos medos e angústias suscitados e a abordagem dos diferentes mitos e obstáculos emocionais e culturais que impedem a mudança de comportamento necessária à adoção de práticas de sexo seguro.
- Dar enfoque na saúde não na doença.
Conteúdos que podem ser trabalhados: - O conhecimento da existência de doenças sexualmente transmissíveis; a comparação entre as formas de contato que propiciam contágio e as que não envolvem riscos; recolher, analisar e processar informações sobre AIDS, por meio de folhetos ilustrados, textos e artigos de jornais e revistas; o conhecimento e a adoção dos procedimentos necessários em situações de acidente ou ferimentos que possibilitem o contato sanguíneo; o repúdio às discriminações em relação aos portadores de HIV e doentes de AIDS; o respeito e a solidariedade na relação com pessoas portadoras do vírus ou doentes de AIDS.

4) Qual a postura do professor no que se refere ao trabalho de orientação sexual?

- O educador deve reconhecer como legítimo e lícito, por parte das crianças e dos jovens, a busca do prazer e as curiosidades acerca da sexualidade, uma vez que fazem parte de seu processo de desenvolvimento.
- O professor deve ter discernimento para não transmitir seus valores, crenças e opiniões como sendo princípios ou verdades absolutas.
- É necessário que se estabeleça uma relação de confiança entre alunos e professor.
- O professor deve se mostrar disponível para conversar a respeito das questões apresentadas, não emitir juízo de valor sobre as colocações feitas pelos alunos e responder às perguntas de forma direta e esclarecedora.
- Transmitir informações corretas do ponto de vista científico.
- Esclarecimentos sobre as questões trazidas pelos alunos são fundamentais para que eles tenham uma maior consciência de seu próprio corpo e melhores condições de prevenção às doenças sexualmente transmissíveis, gravidez indesejada e abuso sexual.
- Respeitar a opinião de cada aluno e ao mesmo tempo garantir o respeito e a participação de todos nas discussões.

5) A relação escola-família na abordagem da orientação sexual é importante? Justifique.

Sim, é importante.
- A ação da escola complementa à educação dada pela família.
- A escola deve informar os familiares dos alunos sobre a inclusão de conteúdos de orientação sexual na proposta curricular e explicitar os princípios norteadores da proposta.
- O papel da escola é abrir espaço para expressão da pluralidade de concepções, valores e crenças, não compete à escola, em nenhuma situação, julgar como certa ou errada a educação que cada família oferece.
- Cabe a escola trabalhar o respeito às diferenças, a partir da sua própria atitude de respeitar as diferenças expressas pelas famílias.
- Cabe a escola garantir a integridade básica de seus alunos em situações que haja violação dos direitos das crianças e dos jovens.

DROGAS

1) Qual o conceito de drogas? Por que dizemos que elas não são boas nem más? Por que a adolescência é a fase mais propensa para o uso de drogas?

- “Droga” é qualquer substância que, não produzida pelo organismo, tem capacidade de modificar o funcionamento desse organismo.
- As drogas não são boas nem más. Bom ou mau é o uso que se faz delas. Assim, uma droga utilizada com a finalidade de tratar um problema de saúde é um “medicamento” ou “remédio”. Por outro lado, uma droga que faz mal é um “veneno” ou um “tóxico”.
- A adolescência é a fase da vida em que as pessoas estão mais propensas a usar drogas, pois tendem a sentir-se inseguras, com necessidade de auto-afirmação, a julgar o uso de drogas como um processo natural, inofensivo ou necessário para obter prazer ou aceitação.

2) A OMS (Organização Mundial da Saúde) classifica os usuários. Explique estas classificações.

- Experimentador - utiliza um ou mais tipos, em geral por curiosidade sem dar continuidade.
- Ocasional – utiliza uma ou várias drogas quando disponíveis, sem causar rupturas nas relações afetivas, sociais ou profissionais.
- Habitual ou funcional – faz uso freqüente, ainda controlado, mas já se observam sinais de rupturas.
- Dependente ou disfuncional – vive pela e para a droga, descontroladamente, com rupturas em seus vínculos sociais com marginalização e isolamento.

3) Qual a relação feita entre usuário de drogas e AIDS?

O uso de drogas é considerado em comportamento de alto risco para a infecção pelo vírus da AIDS. Pessoas sob efeito de álcool e outras drogas podem perder a capacidade de avaliar riscos e ter relação sexual sem preservativo ou se infectar ao usar uma seringa utilizada por outras pessoas.

4) Qual a gravidade da dependência?

Sua gravidade é determinada pelo tempo de consumo e quantidade utilizada, pelas características da pessoa que usa e pelo ambiente em que ela vive. A pessoa sente um forte desejo (muitas vezes irresistível) de utilizar diariamente a substância. Traz riscos para a saúde e para a vida do dependente.

5) Cite e explique as estratégias de prevenção do uso de drogas.

- Informações científicas – dar informações de modo neutro e científico permite que os jovens tomem decisões racionais sobre o uso de álcool e drogas.
- Educação Afetiva e o Treinamento de Habilidades – estes modelos visam estimular e valorizar a auto-estima, a habilidade de decidir e relacionar-se em grupo.
- Educação para a saúde – o objetivo principal é conscientizar o aluno sobre os problemas do mundo que o cerca, desenvolvendo sua capacidade de escolher uma vida ais saudável para si e sua comunidade.
- Controle Social – baseia-se na adoção de regras para o controle do uso de drogas na escola e na sociedade (proibição de propaganda de cigarro, por exemplo).

6) escolha e explique 3 tratamentos para usuários de drogas e álcool.

- Grupos de auto-ajuda – Alcoólicos Anônimos (AA) e Narcóticos Anônimos (NA) são grupos de ajuda mútua formados por voluntários homens e mulheres dependentes de drogas e familiares se reúnem para discutir seus problemas, dificuldades e sucessos. O serviço é gratuito.
- Psicológico – Aborda as questões relacionadas ao comportamento, às emoções, á motivação, aos relacionamentos sociais ( trabalho, casamento, família, amigos) e analisa como cada um desses aspectos se relaciona com o uso de substâncias.
- Tratamento ambulatorial – a pessoa faz visitas freqüentes a um ambulatório especializado para tratamento, no qual ela tem consultas com os profissionais de saúde.

7) A maconha é a porta de entrada para o uso das drogas?

O primeiro contato dos jovens com drogas não costuma ser a maconha, mas sim as substâncias legais, como álcool e o tabaco.

8) Quais os sinais que podem ser observados em um jovem usuário de drogas?

Alterações de comportamento como evitar a convivência e conversas com os pais, tornar-se mais desligado, sem interesse ou, ao contrário, mais “elétrico” e agitado, ficar muito tempo fora de casa, não apresentar os amigos, gastar muito dinheiro, trazer coisas novas e de valor para casa e desaparecimento de objetos pessoais e de familiares. O fato de a pessoa apresentar um ou mais desses sintomas não significa necessariamente que está consumindo alguma droga.

Para saber +

Drogas
Cuidados com o corpo
Mudanças do Corpo
Políticas Públicas em Saúde

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